segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Os 40 discos de rock da minha vida em 2020




Listas são sempre difíceis. E esta que eu decidi montar, queima mesmo a mufa. Pois - apesar de difícil - eu digo que escolher os 40 discos de rock da minha vida hoje (sim, minha vida hoje, porque daqui há 12 meses, se eu sentar para montá-la, será diferente) foi muito gostoso porque mergulhei nas memórias de fases e acontecimentos da minha vida. Todos estes álbuns me acompanham desde quando tive o primeiro contato com eles. Sempre entrando e saindo das minhas playlists. Amo cada um como uma jóia da minha penteadeira. 
PS: Não há qualquer ordem. Mesmo porque, se tivesse alguma, seria hoje. Amanhã ela já estaria toda bagunçada! kkkk



Pink Floyd - The Dark Side of the Moon. Pode ser clichê. Dane-se, né?! Uma obra magnífica que influenciou um caminhão de bandas e ainda trouxe números incríveis para o rock. Genial do início ao fim e um verdedeiro marco da história da música. Em 2003, a revista Rolling Stone anexou The Dark Side Of The Moon no segundo lugar de uma lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. O primeiro foi o Sgt. Peppers dos Beatles. Mas o  DSotM é o segundo mais vendido de todos os tempos. Incríveis 50 milhões de cópias. Ficando só atrás do super fenomenal Thriller do Michael Jackson com absurdos 110 milhões. 
Iron Butterfly - Metamorphosis - A primeira banda de rock que eu parei para escutar em um disco foi o Iron... Butterfly! Não este álbum, mas esse aqui me ganhou mesmo. Por toda a pegada rock, atitude, grandes arranjos, passagens instrumentais, doses generosas de psicodelia e tudo mais! Super recomendo...

Lou Reed - New York. É claro que a grande obra prima do Lou é Transformer Não tenho dúvida disso. E está ali na área VIP do meu coração junto com esse conceitual New York, onde o bardo fala - da sua maneira ácida - da cidade da qual é simplesmente um dos símbolos. 

Slayer - Reign in Blood. Sim, sim... O Show no Mercy foi um dos álbuns que mais mexeram comigo, pelo radicalismo da pegada thrash que me foi apresentado ao estilo através deste trabalho. Mas o grande disco de porradaria da minha vida é mesmo esse Reign in Blood. Pouco mais de 29 min. de lenha pura, sem concessão, riffs matadores, atitude rock ao extremo e muuuuita qualidade. Considerada (também por mim!)  a obra-prima do thrash metal. 

King Crimson - In the court of the Crimson King. Meu primeiro contato com o rock progressivo foi através deste, que é considerado uma gema do estilo. Um LP que ganhei de presente de um amigo de infância. Este é o primeiro trabalho do KC e tem nada menos que Gregg Lake nos vocais. Caos e beleza de faixa para faixa. Vai tocar no meu velório

David Bowie - Space Oddity - Um ídolo tardio que ganhei. Realmente, não tinha a menor ideia do que seria o verdadeiro Bowie, até que ele veio no Brasil. Tom Leão e André X fizeram um especial fase rock do cara no seu programa Hell Radio (na saudosa Fluminense FM) e eu simplesmente pirei! Corri pra loja a fim de comprar o que conseguisse deste monstro da música. Ainda bem que tinha essa série Remaster (em vinil!). Comprei vários! Mas o que me deixou alucinado foi o seu segundo trabalho: Space Oddity. Um disco muito a frente do seu tempo! 

Grand Funk Railroad - E Pluribus Funk. Banda menosprezada pela história, o GFR tem algumas obras primas incríveis do hard rock como este E Pluribus Funk, conhecido no meio dos roqueiros brasileiros como "O disco da moeda". Mas não é só a capa que é única. O som também! Poderoso, balançado, instigante, intenso, pulsante, técnico, com grandes doses de feeling e produção simples e pesada. Deveria ter na prateleira de cada um dos caras que falam que gostam de hard rock. 

Pixies - Doolittle - E a gente mergulhou no rock alternativo de cabeça do meio dos 80s. Tanto Sonic Youth, Sisters of Mercy... Muito som. Mas este aqui mexeu com o meu coração fortemente. O amigo pode não acreditar, mas o meu Doolittle era uma fita K7 original nacional e eu gastei ela todinha. Depois tive em LP e hoje tenho em CD... Uma obra-prima urgente, cheia de invencionices, esquisitices, deliciosas, instigantes. despirocantes... GENIAL! 

The Jimi Hendrix Experience - Electric Ladyland - O auge da genialidade de um dos maiores guitarristas que passaram por este planeta é, frequentemente, numerado entre os melhores discos da história do rock'n'roll. Também, pudera! Esse furacão nascido em Seattle, que viveu 27 anos há 1.000, não economizou nessa obra-prima. Composições que são puro dinamite como Voodoo Chile, Crosstown Traffic entre outras que entraram para a eternidade se juntam a um cover All Along the Watchtower de Bob Dylan, em versão que é pura nitroglicerina. O cara mudou o rock, mudou a guitarra, mudou a minha cabeça! Toquei muito na minha Rossi (vassoura) rss

Rush - 2112 - Os canadenses ainda não eram "os caras" nessa época de 2112. O ano era 1976 e a mistura rock progressivo / hard rock deste momento de Geddy Lee & Cia. me agradou em cheio. Sendo já o seu quarto álbum, este LP trás aquela famosa suite que leva o seu nome com seus 20 min. e 34 seg.  Composições incríveis que encheram de alegria as minhas tardes/noites tentando imitar a voz do Pato Donald brabo de Geddy Lee. Sublime!

AC/DC - Highway to Hell. Aprendi a curtir AC/DC com Brian Johnnson. Meu primeiro contato com a banda foi Back in Black. Mas quando conheci Bon Scott, meu amigo... O bicho pegou! Aquela atitude rock, aquela voz feia, rasgada... Me conquistaram! Escutei muito a banda. Quase todos os discos. Curtia cada fase. As faixas que ninguém curtia. Mas o meu eleito é esse aqui ó: Highway to Hell. É a perfeição da banda australiana.  

Neil Young - Harvest - Levei um tempão para escolher um disco do Neil Young e acabei optando pela calmaria perfeita de Harvest. O brilho das composições, as melodias simples que tocam a alma... 

Raul Seixas - Novo Aeon - Missão ingrata escolher um álbum desse mito da música. Ainda sem qualquer certeza, hoje escolho Novo Aeon como meu preferido. Um dos melhores discos de toda a minha vida. Não precisamos explicar Raul... 

Lynyrd Skynyrd - Street Survivors - Este é o último álbum que contém os membros originais e é um grande disco, que deixa a maior tristeza, já que a banda parecia que iria arrebentar, mas o avião caiu e uma das maiores tragédias do rock aconteceu.
 O LP tem sabor de rock legítimo, puro como whiskey. Este eu quase furei. Está na história! 

R.E.M. - Authomatic for the People - Um disco que virou totalmente a direção da carreira desses americanos de Athens (Georgia) ... O preto/branco/cinza Authomatic for the People é um belo contraponto para o Shine Happy People do colorido anterior Out of Time. E que beleza. Que melodias tristes lindas. Que letras. Sabor de banda madura. Só musicão que te toca a alma. Super recomendo! 

Ratos de Porão - Brasil. Taí um dos grandes discos do rock brasileiro de todos os tempos. A banda crossover de São Paulo, Ratos de Porão, no seu quarto lançamento full-lengh, arrebentou com essa obra prima chamada Brasil. Letras matadoras. Riffs incríveis. É uma porrada certeira atrás da outra. Todas as músicas foram virando clássicas com a execução! E se for escutar agora... As letras permanecem super atuais  e  também o som. 

Rolling Stones - Let it Bleed. Eu não gostava de Rolling Stones. Sei lá, faltava peso. Mick Jagger nunca me agradou... Mas um dia entendi o valor e a força dos londrinos. Hoje fico na dúvida entre Let it Bleed Stick Fingers. Acho que qualquer um ficaria como o melhor deles. Sem dúvida,  uma das maiores jóias do rock mundial de todos os tempos. 

Emerson, Lake & Palmer - Trilogy - Uma das maiores bandas do rock progressivo da história. Virtuosos demais, às vezes enchem o saco com tanto efeitos. Pra mim não dá. Mas esse trabalho chamado Trilogy são canções inspiradíssimas, melodias, climas... O som é em camadas! Que bom gosto, sensibilidade. Nota 12. Vai pro meu enterro. Sem dúvidas. 

Napalm Death - Utopia Banshed - Eu sempre fui do peso. Quando comecei a escutar heavy metal, era por causa da afronta do barulho. E cada vez mais ficava pesado e eu emocionado. No primeiro power (Venom: Black Metal), thrash (Slayer: Show no Mercy) e death (a banda Death: Leprosy). A primeira do grindcore pra mim foi essa aqui e que grudou no meu coração. Napalm Death curto vários álbuns, mas esse Utopia é mesmo absurdo. Técnica, feeling, passagens, timbres, agressividade... Uma porrada atrás da outra! Barulheira do meu coração! 

Wishbone Ash - Argus. Não tenho dúvida alguma de que este é um dos discos que mais escutei depois de virar adulto. Esse clima... Parece que é um disco que o som remete direto ao que você vê na capa (muito linda. Diga-se). Longos instrumentais envolventes. Vozes perfeitas... Um english classic rock autêntico que chega no progressivo com sabor e muita personalidade. Na minha playlist forever sem sair um minuto sequer. 

Megadeth - Rust in Peace. Sendo uma das bandas mais fortes do cenário thrash metal Bay Area, membro do chamado Big Four, o Megadeth já vinha assombrando com o seu som agressivo, rápido e absolutamente técnico em álbuns anteriores com o seu líder Dave Mustaine promovendo revezamento de guitarristas e bateristas, né?  Mas desta vez ele encontrou a formação ideal com Nick Menza (RIP) nas baquetas e Marty Friedman na viola. E olha... Cometeu um dos grandes albuns do metal do seu tempo. habilidade ligeira com peso e composições matadoras. 

The Stooges - The Stooges - O primeiro disco do The Stooges é um marco na música. Sendo considerado o pai do punk rock, com uma sonoridade muito próxima a dos ingleses de 77, sendo que este disco é de 1969. com muita simplicidade e aquela fórmula direta ideal para "soltar os cachorros". I don't wanna be your dog, inclusive, é um dos hinos desse trabalho muito a frente do seu tempo e que revelou pro planeta esse mito chamado Iggy Pop, seu vocalista. Um diamante bruto produzido por John Cale da banda Velvet Underground.

Sonic Youth - Daydream Nation. Considerada a obra máxima dessa banda seminal que influenciou meio mundo do alt rock. O Sonic Youth mandou Daydream Nation em 1988, que  misturou todo o seu noise, melodias incríveis, resquícios de punk... Liquidificando  a porra toda para parir um album absolutamente impecável .

Dead Kennedys - Fresh Fruits for Rotten Vegetables. Hardcore punk americano da melhor qualidade e safra, a banda do Jello Biafra assombrou o underground com pedradas certeiras e guitarras agudas. Atitude e letras que cortam como facas. Fresh Fruits... é o primeiro álbum e o melhor do DK. Eu tinha em LP branco e rodou muito no meu toca discos. Como dizia a falecida revista Bizz: Discoteca Básica. 
The Beatles - The Beatles (The White Album). O primeiro disco que escutei realmente dos Beatles foi o Rubber Soul. Mas aquele que de verdade me emocionou e que me fez ver a qualidade nas composições, na versatilidade e até na execução, foi o famosíssimo Album Branco! Que discaço! Um liquidificador de estilos com a chancela dos Fab 4. 

The Who - Who's Next - Este álbum, pra mim, é um dos dez mais importantes do rock'n'roll. Com temas fortíssimos e uma pegada que me encanta. Começa com Baba O'Riley e termina com Won't Get Fooled Again. Porrada do início ao fim! 

Led Zeppelin - Led Zeppelin II. Escolher um disco do Led é uma terefa quase impossível. Mas a maioria das listas que eu encontro, os caras preferem o Physical Graffiti. Um disco completo. Impressionante no seu conteúdo de altíssimo nível, que mostra toda a versatilidade e inspiração da banda de Jimmy Page. Eu amo, mas não. Eu escolho aquele primeiro disco do Zeppelin que eu comprei na loja com o meu dinheiro em 1987. Acredito que o II é o primeiro da banda que realmente mostra porque ela é diferenciada. Ácida, forte, com uma pegada heavy que nunca mais voltou... Além da psicodelia e o blues que lhes são característicos. Uma verdadeira aula de rock que influenciou centenas de bandas. Aerosmith, Guns n'Roses, etc... Etc...  

Iron Maiden - Piece of Mind - Realmente, a minha banda preferida é o Iron Maiden. Quando escutei pela primeira vez o seu self titled, a guitarra de Dave Murray em Prowler,.. acho que naquele momento o meu metabolismo mudou. Não fui mais o mesmo. Era 1983 e eu já gostava muito de rock desde anos anteriores. Por volta de 80/81 prestei a atenção no estilo em discos de amigos que levavam pra festinhas. Mas com o Iron o negócio foi sério e eu decidir ir com um brother lá na loja de discos comprar um bolachão. E sim. Foi com o Piece of Mind fresquinho, chegando em casa para a minha vitrola, que me tornei um headbanger kkkkk Decorei letras, toquei guitarra de cabo de vassoura... Furei o álbum de tanto escutar. A palavra amor define. 

Thin Lizzy - Bad Reputation - Se a primeira banda que virei fã foi o Queen (com as músicas do Live Killers que escutei e gravei em K7 de um programa rock no rádio). A que me fez metaleiro foi o Maiden, a próxima que virei fã foi  a injustiçada no Brasil Thin Lizzy. E este é um dos mais icônicos albuns desses irlandeses maravilhosos que influenciaram de Iron Maiden a Metallica. De Bon Jovi a Guns. Hard rock de primeira com guitarras gêmeas cheias de melodias e riffs incríveis. Puta banda. Excelente álbum esse Bad Reputation, mas amo também Jailbreak o mesmo tanto e também os outros Chinatown, Black Rose, Johnny The Fox... Etc. Etc. Etc. 


Marillion - Misplaced Childhood. Este álbum conceitual da banda inglesa Marillion alcançou o primeiro lugar no meu coração nos idos de 1986, quando eu escutava sem parar hard rock como Whitesnake, Scorpions, Iron Maiden... E este Misplaced Childhood. Um álbum totalmente auto biográfico do carismático vocalista Fish, que brilha intensamente aqui. Este é, sem dúvida, dos LPs que mais escutei em toda a minha vida. Trás lembranças boas, sentimentos... Além de ser um grande disco de rock progressivo, é um marco na minha vida! 

Genesis - Nursery Cryme. Acredito que o grupo Genesis tenha sido o último a eu constatar que teria virado fã. Pela quantidade de albuns incríveis que eu descobri depois de mais maduro. Quando era garoto, não tinha paciência para os longos instrumentais, mas com o tempo você adquire e passa a curtir o que realmente é bom. E o Genesis é um espetáculo de passagens e temas que te transportam para diversos lugares em tempos distintos. Abre com The Musical Box fecha com The Fountain Of Salmacis . Como não se apaixonar? 

Black Sabbath - Sabotage. Um álbum no meio da deterioração do Black Sabbath. Tenso, intenso. Depois vim descobrir que o empresário tinha dado um puta cano neles e a banda estava sem grana, ferrada! Quanto ao disco, tem aquele jeito insano, manicómio total, sinistro, assustador... Amo o Black Sabbath e escolher apenas um álbum é um sacrifício. Mas fico com esse pelo clima. Sendo que o Vol. 4 também tem um som macabro, tosco... E o self titled? Nossa, Black Sabbath é das bandas gabarito de qualquer headbanger que se preze! 

Rory Gallagher - Tattoo. Meu guitarrista preferido! Sei que muitos tem o Jimi Hendrix como o cara, Clapton is god, Eddie Van Halen reinventou o instrumento, Jimmy Page é absurdo... Mas o meu preferido é realmente esse irlandês beberrão com uma serra elétrica na mão. Muito feeling, pegada forte... Técnica, recursos, blues, hard rock. Intensidade há milhão. Que combina comigo! Rory Gallagher deveria ter maior projeção. Esse Tattoo é bom demais, mas o Blueprint também é sensacional. E ao vivo? Minha Nossa... O homem arrasa. Experimente Irish Tour 1974

Metallica - Ride the Lightning. Muitos tem o Master of Puppets como o melhor do 'Tallica.  Tudo bem. O meu é o Ride the Lightning. Aquele que me viciou na banda de Lars Ulrich. O primeiro que eu tive (pirata de vinil com a contra-capa em preto e branco). Que me fez sentir aquele gostinho de rebeldia no rock mais rápido, pesado e 'extremo' do thrash (junto com o Slayer).  Amei a velocidade e agressividade de Fight Fire With Fire. Era isso que eu queria! Me emocionei com Fade to Black e até hoje mexe comigo... Um dos melhores de todos os tempos e a banda hoje é gigante, muito graças ao Ride...

Uriah Heep - Damons and Wizards. Ahhh esse clima gostoso de magia deste álbum. A banda de hard rock mais progressiva do meu coração. Só eu acho que Uriah Heep merecia maior reconhecimento? Este disco é um dos anéis das minhas mãos. Uma preciosidade de melodias incríveis, viagens para um tempo que eu gostaria demais ter vivido. O ano é 1972... E como eu gosto desse período do rock! Faixas como The Wizard, Rainbow Demon e aqueles vocais dobrados nos refrões com David Byron (vocalista) e a dupla Ken Hensley e Lee Kenslake nos backing vocals alucinantes... Muitos teclados, som de Gibson, efeitos. Sabe um disco perfeito? Este é...

Deep Purple - Come Taste the Band. Os puristas do rock agora me matam. Em vez de In Rock, o cara escolhe... Come Taste the Band? Pois é. Meu preferido do Purple é com o saudoso Tommy Bolin na guitarra. A pegada firme da cozinha de Ian Paice; a beleza dos teclados do Jon Lord e a swingueira danada que Glenn Hughes e Bolin promoveram nessa tradicional banda de hard rock inglês. Amo cada música deste álbum, sendo que a minha preferida é a Gettin' Tighter da dupla balançante. Tá bom, não é bem Deep Purple, eu admito. Mas dane-se. Que discaço de hard rock. 

Living Colour - Vivid. Esse álbum pirou a minha mente. Quatro negros novaiorquinos, mestres em seus instrumentos, aproveitam a mistureba do final dos 80s, para cometer esse DISCAÇO de rock. Minha Nossa Senhora. Eu que comecei na música com o soul e ainda não tinha me apaixonado pelo hip hop na época, mas deu tilt quando escutei Vivid. Tudo nele é perfeito. A rifferama de Vernon Reid, a cozinha swingada extrema de Muzz/Will e o vocal incrível de Corey Glover. E as composições, temas, letras... Em 2019 fui no show de aniversário de 30 anos desta obra-prima executada na íntegra por esses monstros! Foi incrível! Disco incrível! 

The Smiths - The Queen is Dead. O The Smiths não chegou no ouvido do povo em discos, mas em singles. Pra mim foi na Rádio Fluminense, a Maldita! E me pirou essa mistura minimalista de pós-punk com pop debochado... Depois eu comprei esse disco aqui, que considero uma obra-de-arte do rock inglês. Muitas músicas viraram clássicos definitivos improváveis como Bigmouth Strikes Again que eu adoro. Smiths tem essa guitarra certeira de Johnny Marr. Essa voz anasalada, (e letras) debochadas de Morrisey que me encantam. Tem muitos sucesso, mas a minha preferida está neste trabalho e é There Is a Light That Never Goes Out. Puta discaço! 

Kiss - Hotter Than Hell. Eu era fã de soul music e, um dia, fui na casa da minha tia gravar o LP do Michael Jackson Off the Wall e deparei na coleção dela com este disco: Hotter Than Hell do Kiss. Perguntei sobre  e ela não soube dizer o que este bolachão fazia no meio dos Roberto Carlos da estante. Com sua permissão, peguei pra mim. Pirei nos mascarados e virei fã! Conheci depois o Creatures of the Night. Eles vieram no Brasil e minha mãe não deixou eu ir... Só matei a vontade em 1999 no autódromo de Interlagos! Este disco ficou no meu coração pra sempre! 

Queen - Jazz. A primeira banda que me apaixonei. Atráves do programa Rock Festival da 98 FM, lá em 1981. Eles executaram, na íntegra, um dos quatro lados do Live Killers do Queen e eu pirei com tanta beleza nas músicas, na voz do Freddie, nas melodias e o timbre da guitarra do Brian, a batida tum-tum-tá de We Will Rock You... Cara, fiquei maluco! O Queen era pesado, mas tinha muito de música erudita e outras referências musicais. Só depois de escutar quase toda a coleção, conhecer a banda verdadeiramente, pude escolher o meu preferido. Jazz é um liquidificador cultural. Um catalizador de referências e influências. Mas não resta dúvida que A  Night at the Opera, Day at the Racer... São do meu coração também. Assim como o II, Sheer Heart Attack...  Enfim, o Queen é majestade!