"O BRASIL ERA UM PAÍS TOTALMENTE DIFERENTE E O MERCADO DE CHOCOLATES NÃO ERA TÃO DESENVOLVIDO QUANTO AGORA", DIZ MARCO NONIS, DIRETOR DA UNIDADE DE CHOCOLATES DA NESTLÉ BRASIL. O CONSUMO DE CHOCOLATE EM 1992, POR EXEMPLO, ERA DE 1 QUILO POR HABITANTE AO ANO. HOJE, É DE 2,5 QUILOS. O BRASIL NÃO ERA TÃO IMPORTANTE PARA AS MULTINACIONAIS COMO É AGORA E MANTER UMA MARCA NACIONAL DEMANDAVA INVESTIMENTOS. POR ISSO, NAQUELE TEMPO, A MATRIZ ACHOU QUE O MELHOR A FAZER SERIA ALINHAR GLOBALMENTE A MARCA E ELIMINAR O NOME LOLLO DO MERCADO.
"HOUVE MUITAS QUEIXAS, MAS A COMPANHIA ACHAVA QUE – COMO O CONSUMIDOR DE LOLLO ERA CRIANÇA OU MUITO JOVEM – O PÚBLICO DO CHOCOLATE IRIA LOGO SE RENOVAR E A NOVA MARCA SE CONSOLIDARIA", EXPLICA NONIS. MAS NÃO FOI O QUE ACONTECEU. VINTE ANOS DEPOIS, O MILKYBAR PRATICAMENTE DESAPARECEU DO MERCADO. É VENDIDO SOMENTE EM FORMATO MINIATURA, NA CAIXA DE BOMBONS "ESPECIALIDADES NESTLÉ".
AGORA, A COMPANHIA AVALIA QUE PODE RECUPERAR AS VENDAS PERDIDAS COM O RELANÇAMENTO DE LOLLO, QUE TERÁ VAQUINHA NA EMBALAGEM E TUDO, COMO NOS ANOS 80.
"SEMPRE MONITORAMOS AS REDES SOCIAIS E VIMOS QUE MUITA GENTE CITAVA O LOLLO COM SAUDADES", DIZ RICARDO BASSANI, GERENTE DE MARKETING DA MULTINACIONAL SUÍÇA.
A COMPANHIA, ENTÃO, RESOLVEU ESTUDAR A VIABILIDADE DE VOLTAR COM A MARCA – E COM A RECEITA ORIGINAL DO CHOCOLATE, QUE ERA MAIS MACIA QUE A ATUAL. ALÉM DE MEDIR O GRAU DE LEMBRANÇA DE LOLLO (A NESTLÉ NÃO DIVULGOU NÚMEROS), A MAIOR FABRICANTE DE ALIMENTOS DO MUNDO TAMBÉM VERIFICOU SE TERIA CONDIÇÕES TECNOLÓGICAS DE PRODUZIR NOVAMENTE A RECEITA ORIGINAL. "AFINAL, EM 20 ANOS, O MAQUINÁRIO DE PRODUÇÃO TAMBÉM JÁ NÃO É O MESMO", DIZ NONIS. O RESULTADO, UM ANO DEPOIS, É A VOLTA DO LOLLO, EM BARRAS DE 28 GRAMAS E EM PACOTES COM TRÊS UNIDADES – E UMA CAMPANHA COM PEÇAS DE TV, MÍDIA IMPRESSA, MAS, PRINCIPALMENTE, INTERNET. O SLOGAN ANTIGO, "O CHOCOLATE FOFINHO DA NESTLÉ", TAMBÉM VOLTA COM TUDO.
"A COMUNICAÇÃO DO LOLLO, NOS ANOS 80, ERA MUITO SIMPÁTICA E ISSO CRIOU UM RESIDUAL DE MEMÓRIA QUE EXISTE ATÉ HOJE", DIZ EDUARDO TOMIYA, ESPECIALISTA EM MARCAS DA BRANDANALYTICS.
NA NESTLÉ, ACREDITA-SE QUE A VOLTA TERÁ IMPACTO NÃO SÓ NO PÚBLICO QUE SE LEMBRA DA MARCA, MAS TAMBÉM NO QUE NÃO A CONHECEU. "AFINAL, HOJE, É 'COOL' FAZER REFERÊNCIAS AO PASSADO", DIZ NONIS.
Deveria Voltar Os Chocolates Rocky e Mach Também.
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